Adaptações animais para a vida fora da água • Zoologia X Botânica
- 28 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de jul. de 2020
Oi, biologuínhos! Tudo certo com vocês? Espero que sim, apesar dessa fase difícil pela qual estamos passando. No post de hoje falaremos sobre as adaptações dos animais para sobreviverem no ambiente terrestre, especificamente as adaptações ao déficit hídrico.
É possível termos uma ideia de como essas adaptações à vida fora d’água foram ocorrendo olhando para animais que conhecemos, visto que existe o grupo dos anfíbios, que é considerado um importante grupo na transição entre esses dois ambientes, pois estes foram os primeiros vertebrados a habitarem o ambiente terrestre. Os anfíbios vivem uma fase de sua vida em cada ambiente, próprio nome “anfíbio” mostra isso, visto que “anfi” significa “dupla” e “bio”, “vida”. Esse grupo depende da água para realizar várias funções diferentes, dentre elas a reprodução, visto que seus ovos não possuem casca, portanto precisam estar em algum lugar com bastante umidade para não dessecar, e também porque a fase de vida larval dos anfíbios (os girinos) vive exclusivamente na água até se tornarem adultos.
Quando adultos, respiram por pulmões, porém possuem a respiração cutânea como auxiliar, o que faz com que eles precisem manter a pele úmida, usando muco, e que não consigam sobreviver em locais muito secos.
Ovos de anfíbios
Vimos um grupo que ainda depende da água para podermos comparar com os que não dependem, destacando as adaptações que foram necessárias para isso. Então, agora podemos falar um pouco sobre os répteis, que possuem várias adaptações para conseguirem sobreviver em ambientes mais secos. Como exemplo, temos a presença do ovo com casca, cuja principal função é proteger o ovo da dessecação, quando este é colocado no ambiente. Na reprodução destes ocorre a fecundação interna, a qual não sofre influencias do ambiente externo, sendo também outra adaptação para viver no ambiente terrestre. Além disso, eles não apresentam a respiração cutânea, pelo contrário, eles possuem a pele impermeabilizada pela presença de escamas queratinizadas, evitando que seu corpo perca água desnecessariamente, permitindo que eles consigam viver até em ambientes com o clima beeeem seco.
Ovos de répteis
O sistema excretor dos animais é outro que possui muitas adaptações para não perder água por bobeira, visto que é ele que vai filtrar o sangue/hemolinfa para eliminar as excretas nitrogenadas junto com um pouco de água. Diretamente ligado a isso temos os tipos de excretas nitrogenadas, que podem liberar mais ou menos água. Estas variam entre a amônia, a ureia e o ácido úrico e, dentre essas, o ácido úrico é o que menos contém água, sendo uma excreta semi-sólida, parecendo uma pasta, e é encontrado nas aves e em alguns répteis. Grande parte dos grupos de animais aquáticos ou que dependem da água como os anfíbios, excretam amônia, que acaba eliminando junto uma quantia relevante de água. Já a nossa excreta é a ureia, não é a mais eficiente na retenção de água, porém também não perde taaaanto assim.
Por hoje chegamos ao fim, mas não se esqueçam que na segunda semana de maio estamos de volta com mais um post de Zoologia X Botânica para vocês! Não se esqueçam de dar uma passadinha no post sobre as adaptações ao déficit hídrico das plantas!!
Barbara Mariah Chagas Teberga
Estudante de Ciências Biológicas (Licenciatura)
Colunista de Zoologia (ZOOLOGIA X BOTÂNICA)
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