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Epiderme animal • Zoologia X Botânica

  • 9 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de jul. de 2020

Oi, biologuínhos!Tudo certo? Esperamos muito que esteja tudo bem por aí e que vocês estejam secuidando bastante! Chegou o dia de mais um post aqui na nossa coluna Zoologia x Botânica e hoje vamos falar sobre um tema um pouco diferente dos anteriores. Vamos comparar os anexos epidérmicos vegetais e animais. Não se esqueçam de também dar uma passada no outro post, sobre os anexos vegetais!


A epiderme animal, assim como a vegetal, tem como função revestir e proteger o corpo do meio externo. Nosso epitélio não reveste só a parte externa do nosso corpo, mas também reveste a parte interna, os nossos órgãos. Por exemplo, ele permite a absorção de moléculas no nosso trato digestivo e também pode ser ter função sensorial, assim como o nosso epitélio olfativo. Também possuímos um epitélio glandular, formando nossas glândulas sebáceas e sudoríparas, que são alguns dos nossos anexos.


Como principais anexos epidérmicos, nós temos nossas unhas, que são anexos queratinizados, assim como nossos pelos e cabelos, que são produzidos a partir de invaginações da epiderme. Falando em unhas, vocês sabem a diferença entre unhas e garras? Essa é uma curiosidade bem simples e conhecida até, mas que muita gente não sabe. Apesar de estarem situadas na mesma falange, a distal, e terem na sua constituição a queratina, esses dois anexos possuem funções bem diferentes. As unhas crescem sobre a pele, no leito ungueal, que é repleto de vasos sanguíneos, e servem principalmente para proteger as pontas dos dedos, também podendo ser usada para raspar coisas e se coçar. Já as garras, além de possuir as funções das unhas, também são usadas para outras funções como caçar, escalar e cavar. Inclusive, os formatos e tamanhos das garras vão depender do habitat do animal e da sua alimentação. Como exemplo disso, temos as preguiças, que possuem garras enormes e bem curvadas, para se segurarem nos galhos, assim como mostrado na imagem abaixo:

O grupo das aves, que é um grupo próximo da nossa realidade, possui alguns anexos interessantes, como exemplo, a glândula uropigiana, localizada na região uropigial (curanchim, próximo ao cóccix), responsável pela produção de um muco utilizado pelas aves para impermeabilizar suas penas, espalhando-o com o bico por estas. Aposto que vocês já até viram algumas aves passando o bico ali pela região uropigial.

Já as penas das aves tem como função principal a manutenção da temperatura corporal, além da proteção contra choques mecânicos e contra predadores (coloração críptica/camuflagem), do uso para a flutuação nas aves aquáticas, formando bolsas de ar devido a um acumulo de penas na região ventral dessas aves, e também, no voo e na atração sexual. Muitos outros animais também utilizam de seus anexos epidérmicos para atração sexual, como foi citado nos posts sobre reprodução, como chifres ou jubas.


Outra glândula interessante é a glândula mucosa, geralmente encontrada em animais que dependem da água de alguma forma, como peixes e anfíbios. O muco secretado por essa glândula possui diversas funções, mas estas geralmente giram em torno da lubrificação/proteção contra a dessecação (ressecamento), redução da resistência durante a natação, e auxílio nas trocas gasosas, no caso dos anfíbios. Nos anfíbios existem algumas variáveis destas glândulas, algumas adaptações, que são as glândulas dos discos adesivos, encontradas na falange distal das pererecas, por isso elas conseguem subir nas superfícies, grudando nelas; e há também as glândulas serosas que, basicamente, são glândulas mucosas cujo produto foi modificado em substâncias nocivas. A maioria das glândulas serosas presente nos anfíbios na verdade possui função antifúngica e bactericida, porém podem ser encontradas nos anuros terrestres (sapos) aglomerações dessas glândulas, geralmente atrás de suas cabeças, formando a glândula paratoide, que pode ser rompida se a pele do animal se esticar ou sofrer algum atrito.


Esperamos que tenham gostado de conhecer um pouco sobre alguns dos anexos epidérmicos encontrados nos animais. No fim do mês estaremos de volta com outro post aqui! Continuem se cuidando, até mais <3


Barbara Mariah Chagas Teberga Estudante de Ciências Biológicas (Licenciatura) Colunista de Zoologia (ZOOLOGIA X BOTÂNICA)

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